quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

O Grito de Paulo Skaf

Começa um novo ano e lá vem a cantilena do Presidente da FIESP, o senhor Paulo Skaf que na falta de argumento melhor pede que os juros, segundo ele, muito alto, sejam reduzidos.

Um plano, um projeto para o país, é inexistente. Demissão é palavra de ordem somada ao peleguismo oportunista dos sindicatos. Os trabalhadores, consumidores, ora, que se lasquem. Analise objetivamente que o assunto é o ganha-ganha. No sacolejo do sistema financeiro ninguém viu as ditas instituições colocarem seus ativos a disposição dos governos para que estes pudessem ter um lastro sobre o montante a ser surrupiado do erário público.

Nenhum alto executivo abdicou de seus bônus ou refez o porcentual dos lucros em detrimento da salvação com dinheiro público. Esse dinheiro vai para o ralo. Sem retorno.

Bradar contra os juros altos é uma falácia. Esses mesmos que gritam contra, continuam a re-eleger deputados e senadores no cargo em média a mais de 16 anos. Se não se entendem para uma agenda nacional – estão falando para quem? O Presidente da República é um refém com mordomias de um Congresso Nacional que trabalha 03 dias por semana, tira férias de 90 dias e alega falta de tempo hábil para apresentar e aprovar projetos de interesse nacional como a reforma tributária.

A mídia antes de dar vez e voz a esses gritadores, precisa refazer seu modus operandi e descontruir políticos que só querem se dar bem. Ou seriam os empresários cúmplices desses?
Um dos principais gargalos de dinheiro público é o sistema que controla os investimentos em infra-estrutura. Veja a situação das estradas. Matam cada vez mais. E só não morrem parentes desses que ditam as regras ou gritam contra elas porque viajam em carros de primeira linha, de avião ou navio.

Os grandes rios brasileiros, com uma enormidade de cursos navegáveis não podem ser utilizados porque a indústria que agora quer demitir tem um lobby poderoso e financeiramente compensador para quem delas tira proveito ilícito.

Em 1984 o então Governador Orestes Quércia de São Paulo, inaugurou uma discussão no interior de Minas Gerais sobre a navegabilidade dos rios brasileiros. Alguns Prefeitos e assessores especiais ganharam na época viagens para a Alemanha e outros paises da Europa para conhecerem o poder e o tamanho das corporações que controlam a construção de caminhões, peças e acessórios destes. E tudo deu n’água.

É crível que alguns empresários sérios e competentes comecem a tomar a rédea dessa discussão e saibam apear do poder os políticos de carreira. Se até agora o Brasil só tem perdido com eles, porque mantê-los?

É estultice querer subir nas costas de quem não tem pernas. Seria mais importante e inteligente oferecer pavimentação para aqueles que realmente possam argumentar em favor de uma nova ordem nacional.

É preciso eleger pessoas comprometidas com as causas empresariais sem se esquecer das questões que envolvam a vida.

O Governo de Santa Catarina e alguns espertos pedem dinheiro como doação, mas até agora, nem um e nem outro, apresentaram um projeto concreto e realista, e muito menos quanto recebem de doação diária e seu saldo, para a reconstrução do que foi destruído. Uma pergunta: o que foi destruído em Santa Catarina além de casas e algumas pontes velhas? Essas pessoas vão receber o dinheiro sem dono e sem juros para reconstruir suas moradias?

Quando chove demais é que se vê que este país não pensa no futuro. Basta uma catástrofe para constatar que não existe um plano ou uma estratégia emergencial – ou mesmo uma infra-estrutura para o evento.

Planejar, propor, construir, desobstruir, definir prioridades para a execução de infra-estruturas urgentes como das estradas, dos portos sucateados e a logística como um todo.

www.cql.com.br/jancom - (34) 9197.2150

Sim, nós podemos pensar um novo Brasil.

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