quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Metodologia Ganha-Ganha, Mitos e Verdades!

Antes de comentar com mais detalhes sobre a metodologia ganha-ganha é preciso entender alguns pontos fundamentais, primeiramente deve estar dentro das condições reais e possíveis, a pessoa responsável pela negociação tem que ter expectativa, visão de futuro, ser dinâmica, se pôr no lugar da outra pessoa.

Um negociador eficaz tem sempre em mente que as pessoas se comportam de acordo com a realidade percebida, negociar bem é um processo de descoberta da experiência subjetiva própria e do outro negociador, e de seu território interno, pois este é o verdadeiro local em que a negociação acontece.

Ronald Shapiro em seu livro The power of Nice, desenvolveu a teoria do ganha-ganha em negociação, no qual define que os dois lados devem se sair vencedores ao final de uma negociação.

Porém, um dos riscos que deve ser evitado, esta em fazer uma compreensão ingênua desta metodologia, analisando pelo ponto que você deve ser o "bonzinho" da história. Em negociação, ingenuidade significa incompetência.

O autor Souza (2005),complementa as explicações deste modelo de negociação, afirmando que para ter êxito em qualquer tipo de negociação é preciso seguir as etapas abaixo:

1- Negociador com atitudes, crenças, valores, conhecimentos e habilidades definidos.
Para verificar como você anda com relação a este ponto procure responder às seguintes perguntas:
- Você sabe lutar pelo que deseja de maneira realista sabendo diferenciar aquilo que, de fato, é importante em cada situação?
- Tem crenças positivas e um grande desejo de obter sucesso e de realizar?
- Tem conhecimento dos fatores necessários para o êxito em uma negociação?
- Procura desenvolver suas habilidades, quase que de modo semelhante a um atleta que esta sempre treinando para, não apenas manter sua forma, mas também, para se aperfeiçoar?
- Tem sensibilidade para perceber prontamente que os procedimentos que está adotando não estão adequados?
-Tem flexibilidade para a encontrar outros caminhos quando o caminho que você está seguindo não está conduzindo aos resultados que você deseja?

2 - Processo de negociação.
Toda negociação é um processo, devem ser ressaltados os seguintes aspectos: as etapas, estratégias, táticas, superação de impasses e a forma de se efetuar concessões. As três etapas deste processo são: preparação, coleta de informações, avaliar as reais necessidades e controle e avaliação do resultado.

3 - O conhecimento do assunto, objeto da negociação.
Este ponto é de extrema importância, pois negociação é o processo de alcançar objetivo através de um acordo e quem não conhece o assunto não sabe diferenciar um bom de um mau objetivo.

4 - Os cenários da negociação.
Toda negociação tem três cenários. O primeiro diz respeito ao local; o segundo cenário diz respeito ao que está por traz destes negociadores e o terceiro cenário é o macro ambiente econômico, político, social e cultural.

5 - Relacionamento Interpessoal.
A habilidade de relacionamento começa, na realidade, com a capacidade de separar as pessoas dos problemas que ocorrem na negociação.

Também na teoria do autor Shapiro, o mesmo comenta que a expressão ganha-ganha, na verdade, tornou-se hoje mais um clichê popular do que uma filosofia de negociação. É a racionalização do vencedor para a vitória desigual, ou uma desculpa do perdedor para sua derrota, ou uma frase usada pelas duas partes quando todos estão igualmente infelizes. Não existe a possibilidade das duas partes ganharem de forma idêntica numa negociação, ou seja, ambas conseguirem tudo o que querem.

Uma das partes está fadada a conseguir mais e a outra menos, mesmo se as duas estiverem satisfeitas com o resultado. Esta última afirmação, sim, é possível. As duas partes podem ficar satisfeitas, mas as duas não conseguem ganhar na mesma medida.


Atualmente, a realidade trabalha com cenários altamente voláteis, mostrando que simplesmente é quase impossível as duas partes de uma negociação sair vencedora, onde os objetivos são praticamente opostos como por exemplo no caso de uma venda e compra, chegam ao final de um encontro com exatamente os mesmos padrões de ganho e ambas plenamente satisfeitas com o acordo obtido, é quase impossível de ocorrer.


Enfim, este processo é realista, porém, exige concentração e muita disciplina, para ser alcançado em toda negociação, lembrando que a premissa se vale identificar principalmente os próprios interesses, pontue também as necessidades para definir o que realmente deseja, ou seja, fazer a melhor negociação.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

O Grito de Paulo Skaf

Começa um novo ano e lá vem a cantilena do Presidente da FIESP, o senhor Paulo Skaf que na falta de argumento melhor pede que os juros, segundo ele, muito alto, sejam reduzidos.

Um plano, um projeto para o país, é inexistente. Demissão é palavra de ordem somada ao peleguismo oportunista dos sindicatos. Os trabalhadores, consumidores, ora, que se lasquem. Analise objetivamente que o assunto é o ganha-ganha. No sacolejo do sistema financeiro ninguém viu as ditas instituições colocarem seus ativos a disposição dos governos para que estes pudessem ter um lastro sobre o montante a ser surrupiado do erário público.

Nenhum alto executivo abdicou de seus bônus ou refez o porcentual dos lucros em detrimento da salvação com dinheiro público. Esse dinheiro vai para o ralo. Sem retorno.

Bradar contra os juros altos é uma falácia. Esses mesmos que gritam contra, continuam a re-eleger deputados e senadores no cargo em média a mais de 16 anos. Se não se entendem para uma agenda nacional – estão falando para quem? O Presidente da República é um refém com mordomias de um Congresso Nacional que trabalha 03 dias por semana, tira férias de 90 dias e alega falta de tempo hábil para apresentar e aprovar projetos de interesse nacional como a reforma tributária.

A mídia antes de dar vez e voz a esses gritadores, precisa refazer seu modus operandi e descontruir políticos que só querem se dar bem. Ou seriam os empresários cúmplices desses?
Um dos principais gargalos de dinheiro público é o sistema que controla os investimentos em infra-estrutura. Veja a situação das estradas. Matam cada vez mais. E só não morrem parentes desses que ditam as regras ou gritam contra elas porque viajam em carros de primeira linha, de avião ou navio.

Os grandes rios brasileiros, com uma enormidade de cursos navegáveis não podem ser utilizados porque a indústria que agora quer demitir tem um lobby poderoso e financeiramente compensador para quem delas tira proveito ilícito.

Em 1984 o então Governador Orestes Quércia de São Paulo, inaugurou uma discussão no interior de Minas Gerais sobre a navegabilidade dos rios brasileiros. Alguns Prefeitos e assessores especiais ganharam na época viagens para a Alemanha e outros paises da Europa para conhecerem o poder e o tamanho das corporações que controlam a construção de caminhões, peças e acessórios destes. E tudo deu n’água.

É crível que alguns empresários sérios e competentes comecem a tomar a rédea dessa discussão e saibam apear do poder os políticos de carreira. Se até agora o Brasil só tem perdido com eles, porque mantê-los?

É estultice querer subir nas costas de quem não tem pernas. Seria mais importante e inteligente oferecer pavimentação para aqueles que realmente possam argumentar em favor de uma nova ordem nacional.

É preciso eleger pessoas comprometidas com as causas empresariais sem se esquecer das questões que envolvam a vida.

O Governo de Santa Catarina e alguns espertos pedem dinheiro como doação, mas até agora, nem um e nem outro, apresentaram um projeto concreto e realista, e muito menos quanto recebem de doação diária e seu saldo, para a reconstrução do que foi destruído. Uma pergunta: o que foi destruído em Santa Catarina além de casas e algumas pontes velhas? Essas pessoas vão receber o dinheiro sem dono e sem juros para reconstruir suas moradias?

Quando chove demais é que se vê que este país não pensa no futuro. Basta uma catástrofe para constatar que não existe um plano ou uma estratégia emergencial – ou mesmo uma infra-estrutura para o evento.

Planejar, propor, construir, desobstruir, definir prioridades para a execução de infra-estruturas urgentes como das estradas, dos portos sucateados e a logística como um todo.

www.cql.com.br/jancom - (34) 9197.2150

Sim, nós podemos pensar um novo Brasil.

domingo, 4 de janeiro de 2009

O Vendedor e a Crise

Se há uma palavra que ninguém gosta de ouvir é “crise”. Principalmente quem trabalha em vendas. E, sem dúvida alguma, parece que a dita cuja está querendo aportar, novamente, à terra de Cabral.

A crise financeira internacional que assola, principalmente a Europa e EUA, nos dá uma visão bastante certa de que teremos alguns momentos de dificuldade pela frente, também no Brasil. E nestes momentos, qual o comportamento que deveremos ter como empresa e como profissionais de vendas?
A situação que nos traz tanta preocupação é resultante uma crise de crédito e conseqüente alto custo do dinheiro. Hoje, sem dúvida, o produto mais “caro” que existe é o próprio dinheiro.
Nestes momentos, que são sempre transitórios, a empresa e mesmo as pessoas físicas devem voltar-se para a sua segurança e lutar, séria e serenamente pela sua sobrevivência. E a palavra, embora seja um pouco dura demais é mesmo “sobrevivência”, pois que correm sempre o risco de desaparecerem em meio à crise, se não forem suficientemente adultas e serenas.
Como a crise é sempre uma crise de investimentos e de financiamento das atividades, as empresas devem, nesta hora, ter a maior saúde financeira possível.
O conceito de “caixa forte” é fundamental. Todos os recursos do capital de giro de uma empresa devem estar dentro da empresa, seguros e otimizados. Empresas que tem o seu capital próprio nas mãos de outras empresas ou pessoas dificilmente poderão sobreviver.
Assim, são preceitos fundamentais deste momento econômico:

a) INDEPENDÊNCIA DE CAPITAL DE TERCEIROS:
As empresas (e mesmo as pessoas físicas) devem fazer todo o esforço possível para que mantenham a maior independência possível do capital de terceiros. Isto significa, não estar dependente de crédito, seja em bancos ou de outra maneira, seja direta ou indiretamente. Todos nós sabemos que há uma escassez de crédito. E todo esforço para se livrar dessa dependência é válido e necessário neste momento.

(b) REDUZIR DRASTICAMENTE O AUTOFINANCIAMENTO:
O autofinanciamento ocorre quando vendemos a prazo. Isto quer dizer, quando financiamos, com recursos próprios, a compra de nosso próprio produto ao cliente.
Este é o principal sorvedouro invisível de uma empresa. Se alguém colocar o custo real de uma carteira de duplicatas, de um “contas a receber”, mesmo numa empresa que aparentemente tenha obtido resultados positivos, verá que, não teve resultados compensatórios. E esses prejuízos serão obtidos mesmo que a empresa consiga receber esses créditos, hoje de duvidosa realização. Basta fazermos o cálculo do custo do dinheiro e teremos o motivo da quebra de muitas empresas que não acordaram para essa realidade e continuam a vender a prazo, fazendo financiamento próprio de suas vendas em épocas de crise. E a pior das contradições é que quanto mais a empresa vender, mais ela sofrerá e mais rapidamente quebrará!
Além disso, temos que considerar que a empresa comercial oi industrial não tem vocação para financiar vendas. Isto porque ela não tem mecanismos legais que o sistema bancário possui e nem mesmo a tradição e agilidade bancária ao cobrar seus débitos. Assim, a empresa comercial, ao cobrar, transige no prazo, transige nos juros de mora, “dá mais um ou dois dias...” etc. E é bom que não se tenha nenhuma ilusão, pois esta é a principal razão, repito, da quebra da maioria das empresas em épocas de crise: falta de caixa.
Assim, em benefício da saúde financeira da empresa e portanto da manutenção do pleno emprego , do resguardo do patrimônio empresarial, todo o corpo de funcionários, principalmente os vendedores, devem ter essa maturidade e profissionalismo para evitar a pressão por prazos.
Se o cliente não tem condições de comprar, é melhor não vender do que faze um “furo” em nosso próprio barco. As exceções, se por ventura existirem, devem ser tratadas com extremo cuidado como real “exceção”, isto é, devem ser evitadas ao máximo.
E aí deve estar um fator de alta profissionalização do homem de vendas, pois é justamente nesta época que os clientes pressionam por mais prazos e descontos. Ter uma visão adulta e séria do efeito arrasador de uma carteira de duplicatas é essencial para qualquer profissional de vendas nesta época.
O que é preciso ser compreendido é que em épocas de crise, todos perdemos: o País perde, as empresas perdem e as pessoas perdem. Há empresas que adotam como meta, sair de crise com o mesmo patrimônio apenas. Nada mais. Da mesma forma, todos sabemos, de antemão, que ganharemos menos, mas o importante é que possamos manter nosso patrimônio e nosso emprego nesta fase. É hora, pois, de abrirmos o guarda-chuva e esperarmos a tempestade. É hora de cuidar do caixa.
Pense nisso. Sucesso!

Pessoas do Sim e Pessoas do Não

Há pessoas do “sim” e há pessoas do “não”.

As pessoas do sim são aquelas que têm como pano de fundo da sua vida, o fazer, o permitir, o tentar, o abrir, o testar, o experimentar.
As pessoas do não são as que vivem para fechar, não-permitir, temer, desfazer, negar, enfim.
As pessoas do sim são alegres, joviais, ingênuas até. Passam por bobas, são frequentemente enganadas, pagam contas duas vezes, perdem no varejo e sentem-se ganhando no atacado.
As pessoas do não são tristes, rabugentas, preocupadas, “espertas”, levam vantagem em tudo, ganham no varejo e nunca admitem perder. São desconfiadas de tudo e de todos e não levam desaforo para casa.
As pessoas do sim são desarmadas, estão sempre prontas a ajudar as pessoas e não percebem se estão sendo exploradas por falsos amigos.
As pessoas do não querem ser servidas e acham-se sempre exploradas por verdadeiros amigos.
Sempre me pergunto o que faz alguém ser uma pessoa do sim ou do não. Será carga genética?
Serão condicionamentos operantes da própria vida? A verdade é que as pessoas estão inapelavelmente divididas entre o sim e o não.
As pessoas do não são tristes e covardes. Tem verdadeiro terror do desconhecido, para elas sempre portador do mal.
As pessoas do sim são alegres e corajosas. Enfrentam o desconhecido com serena tranqüilidade porque o vêem sempre trazendo mais um bem.
Sejam quais forem as razões a determinar essa condição vivencial das pessoas, a verdade é que nada é mais terrível do que conviver com pessoas do não. Elas não somente são sofredoras atrozes, como fazem sofrer aos outros que têm a desventura de com elas conviver. As pessoas do não infelicitam a própria vida e de quantos a elas se chegarem. A vida para elas é um peso insuportável e não conseguem viver a não ser negando a própria existência.
Platão quando falava das três partes da alma: filosofia, guerreira e lasciva e em suas ricas descrições nos “Diálogos” também se referia a pessoas negadoras, controladoras de outrem, policialescas, cuja única verdade (sic) é o “negar” e o “proibir”.
O mundo de hoje já não é muito hospitaleiro para a vida. Torná-los, o mundo e a vida, ainda piores pela negatividade, pela descrença como lei, pela desconfiança, pela desavença, é um crime de lesa humanidade.
Às pessoas que têm essa veia negativa e negadora muito forte, aconselho que procurem auxílio, até médico se necessário. O excesso de negatividade chega a ser patológico. A vida fica muito mais difícil e dura de ser vivida e convivida com pessoas assim e esse perene masoquismo faz mal.
E o pior é que essas pessoas é que essas pessoas denominam-se “realistas”, pois só vêem a negra realidade em sua frente. É uma maneira doentia de ver o mundo e encarar a vida.
É claro que não estou advogando em favor das pessoas que são verdadeiras “Alice no pais das Maravilhas” e que não conseguem ver a gravidade dos momentos graves, nem a seriedade das ocasiões sérias.
O que defendo é a saúde mental plena, a pessoa alegre, bem-humorada, sem urgências, sem histerias, sem excessos perenes como forma escolhida de viver. É claro que todos temos momentos e fases negadoras, mas fazer da própria vida uma negação do viver é simplesmente loucura a que muitos se dedicam. E essas, são as pessoas do “não”. Deus nos livre delas todas.

É Saudável e Bom o Surgimento de Novas Lideranças

Ir na contra-mão. Parece que alguns detentores de poder, que é temporário, vez e outra também resolvem investir no retrocesso. Boa parte das Organizações Não Governamentais são suporte real para que o Estado alcance um maior número de pessoas assistidas em suas ações.
A alta carga tributária e limitações políticas carcomidas, quase sempre coíbem o agente empresarial, e este é geralmente um parceiro importante, e aí querem que ele legitime o ato se associando a esse ou aquele aspecto político, dificultando o trabalho das ONG´s.
A gerência pública não deve ser atemporal. Tem que ser presente num ato contínuo de preparar e melhorar a força de trabalho vinda da Comunidade, nas pessoas que se dispõe a gerir, administrar essas entidades. Para ajudar o povo é preciso ir além das barreiras políticas. Muitas ações poderiam ser ampliadas – principalmente se o entendimento fosse a favor da população e não em direção a pessoas ou interesses ad eternum.
Muitas empresas têm direcionado suas atenções na recomposição florestal como um fator de responsabilidade socioambiental. Não seria o momento de essas mesmas empresas incorporarem a esse projeto o aspecto educacional (manutenção de escolas comunitárias – associadas a creches e outras entidades, com o apoio das administrações municipais?) e assim realmente contribuírem para a eficácia do programa de reflorestamento junto ao surgimento de defensores com o mínimo de informação e esclarecimento sobre a importância dessas e de outras ações socioambientais junto a sua comunidade? E o veículo para isso não poderia ser a Escola?
É claro que isso tem que ir além da distribuição de "livrinhos" para bibliotecas que não possuem bibliotecários e nem equipamentos adequados; ou doação de computador sem o aparato técnico e humano condizente ao que se quer oferecer – que é o que muitas empresas fazem como fachada social de apoio a educação.

Que seja natural nasçam novas lideranças, e com isso comece a surgir uma oxigenação política. A vida é assim, uma constante mutação.

A Crise Internacional como Factor de Motivação e Acção

A palavra “crise” tem origem na peneira dos gregos. Separação, passagem estreita. É da mesma origem a palavra “crivo” que separa o duto de água em jatos menores. O crivo separa. Na peneira estão os bons e os que não devem continuar. Ao peneirar é feita a separação. Quem é bom fica, quem não deve ficar, é lançado fora. Assim é a crise que estamos vivendo. Ficará quem for bom.


Ficarão as empresas que mantiveram-se fiéis aos seus propósitos de produzir e reinvestir, no próprio negócio, os recursos advindos da produção. Ficarão as empresas que tiverem as melhores pessoas, capazes de, num momento difícil, criar, inovar e, ao mesmo tempo, conter custos até o extremo da possibilidade até a tempestade passar. É exatamente com o mesmo sentido que o ideograma chinês que representa “crise”, representa “oportunidade”.

Em toda crise existem, igualmente, oportunidade. Depende de quem lê a realidade. Se você ler a realidade com olhos de crise somente a verá. Se ler com os olhos da oportunidade aí a encontrará. Durante uma tempestade o correto não é sair correndo. É abrigar-se e esperar a tempestade passar.

Na crise não é hora de desinvestir no mais valioso recurso que poderá fazer sua empresa sair da crise - os talentos humanos, as pessoas realmente comprometidas. Agora não é hora de jogar a criança fora com a bacia. Peneire com cuidado, jogando fora só o que não deveria mesmo estar ali. Uma das maiores lições que conheço é o conselho do Marquês de Alorna, General d’Almeida, a Dom José, Rei de Portugal, após o terremoto de Lisboa, de 1755.
Como sabe o leitor, o terremoto de Lisboa foi a maior tragédia natural até hoje vivida pela Europa. Milhares de mortos. Dom José pergunta ao Marquês o que fazer, e ele responde: “Agora, Majestade, é enterrar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos”.
É exatamente isso que devemos fazer em nossas empresas e nossa vida com esta crise que já consumiu 2,8 trilhões de dólares. Enterrar os mortos - não ficar imaginando como seria se a crise não tivesse ocorrido. Nem ficar tentando entender, como empresário simples, as razões mais profundas da crise.
Enterrar os mortos para cuidar dos vivos, cuidar do que sobrou, do que existe de concreto, de real. Fechar os portos - significa impedir que novas epidemias cheguem.
No século XVIII os problemas externos, é claro, chegavam pelos portos. Evitar os saques, os abutres. Feche os portos, para poder dar foco e cuidar dos vivos. Cuide da economia real.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Plano de Carreira: sua empresa tem que fazer um!

Publico um artigo de Marizete Furbino, que é Administradora, Consultora e Professora Universitária na UNIPAC - Vale do Aço.
"A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo.” Peter Drucker

Século XXI, era da globalização, era marcada por grande competitividade, mudanças e incertezas, onde todos estão voltados para resultados e, por conseguinte, preocupados com desempenhos, tornando-se imprescindível então, que para a obtenção da eficiência e eficácia, cada empresa elabore e mantenha sempre atualizado o plano de carreira de seus colaboradores.
O plano de carreira contribuirá para que a empresa não apenas sobreviva neste mercado altamente competitivo, mas faça seu diferencial, se tornando sólida, através de seus colaboradores.
O plano de carreira deve vir de encontro à missão e visão da própria empresa, conciliando objetivos e benefícios organizacionais, com objetivos e benefícios dos profissionais, aliando-se então os interesses da empresa com os interesses de seus colaboradores, e assim, pautados na ética, nos valores, princípios e na cultura organizacional, contribuir para o alcance do desenvolvimento e crescimento de ambos, alcançando diferencial no mercado e gerando o rebento denominado sucesso.
A empresa do séc. XXI tem plena consciência que a causa maior de sua existência, são seus clientes, sejam no âmbito interno e/ou externo e por isso, deve zelar e cuidar dos mesmos, buscando sempre satisfazer às suas reais necessidades. Verifica-se que, quando existe a satisfação, existe uma relação de doação, de prazer, de entrega e, como conseqüência, o alcance da produtividade com qualidade.
A partir da elaboração de um plano de cargos e salários é que a empresa deverá implantar e implementar o plano de carreira. Portanto, ao se elaborar um plano de carreira, a empresa deverá fazer um diagnóstico de suas reais necessidades, atentar quanto à estrutura, política salarial a ser a adotada, salários, cargos, perfis dos profissionais coerentes com os cargos, metas, capacidades e competências, visando sempre atender aos objetivos e expectativas da organização e dos profissionais que compõem tal organização.
É preciso que fiquem bem claras as progressões, tanto em âmbito vertical como horizontal, e que sejam definidos como e quando o profissional alcançará o crescimento, não se esquecendo de oferecer igualdade de oportunidade a quem de direito, valorizando assim cada colaborador e evitando desta forma um descontentamento, o que poderia gerar futuros dissabores.
É inaceitável que um colaborador qualificado seja preterido em uma promoção com favorecimento de outro menos qualificado por conta de uma decisão gerencial injusta ou nitidamente equivocada moralmente/eticamente. Não há nada pior numa empresa do que um “colaborador” ferido em seu íntimo por uma decisão empresarial injusta. Certamente ele se tornará um potencial inimigo na empresa, comprometendo o bom nome empresarial conquistado a duras penas.
Pensando no alcance dos resultados, a empresa deverá liberar recursos destinados à profissionalização e ao aperfeiçoamento de seus profissionais, que somados com envolvimento e comprometimento irão alcançar o desenvolvimento e crescimento esperado, o que não impede que cada profissional também tome tal iniciativa.
A elaboração de um plano de carreira implica na relação de pensar e repensar o passado e o presente, bem como o futuro de forma cautelosa e com muita transparência nas ações, envolvendo todo um trabalho de equipe. Além da participação do Departamento de Recursos Humanos da empresa, o ideal é que esta equipe seja composta por multiprofissionais, devendo ter a participação efetiva de todos os envolvidos.
Lembrando que todo plano de carreira deverá ser flexível, estar aberto às mudanças e adaptações, pois poderá sofrer quaisquer alterações ao longo de todo o processo.
O plano de carreira irá contribuir para com a valorização dos profissionais da empresa, concebendo-os como um ser humano, ser bio-psico-social, que pensa e possui talentos, conhecimentos, capacidades, anseios e necessidades diversas e é capaz de contribuir e muito para que a empresa faça a diferença neste mercado globalizado e de alta competitividade.
Os benefícios da empresa que possui plano de carreira implantado e implementado são inúmeros; dentre estes, podemos destacar a seleção interna de pessoal de forma mais consciente e, portanto, tendo mais chance de acerto na escolha, a intensificação do relacionamento da empresa para com o colaborador, além de conseguir que os funcionários atuem motivados, o que contribui não só com o desenvolvimento profissional, mas também com o desenvolvimento organizacional.
Lembramos que, no séc. XXI, o plano de carreira deverá ser de responsabilidade de cada profissional; portanto, se a empresa não o fizer, o profissional deverá ter a consciência que, para permanecer no mercado e não ser pisoteado correndo o risco da expulsão pelo mesmo, este deverá elaborar o seu.
Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo, Marketing e Finanças pela UNILESTE-MG. Contactos através do e-mail: marizetefurbino@yahoo.com.br.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Violência nas Escolas Públicas

Publico o artigo do José Amaral Neto (www.uniblog.com.br/joseamaralneto) -Brasil - (34) 9197.2150.
O Brasil é um país de grandes escritores, pesquisadores, pensadores, estetas, pessoas que amam essa terra e sabem que dela sempre brotam frutos. Até o século 18 o Brasil era 12 vezes maior que os Estados Unidos. E tinha tudo isso sem que a Elite trabalhasse e num mar de analfabetos que constituíam assustadores 95% da população.
A mobilidade social que caracteriza a força motriz dessa nação faz dela uma incógnita e produz a ambigüidade de sua sociedade. O que mata a condição de gigante desenvolvimentista do Brasil é a forte exclusão social peremptoriamente construída todos os dias junto àqueles que têm privilégios em detrimento de outros que não conseguem colocar comida na mesa e, serve de massa constituída para encher prisões e dar uma resposta remendada a essa sociedade colonizada, uma Elite que considera seu povo algo invisível ocupando espaço desnecessário.
A capacidade democrática dos indivíduos brasileiros faz brotar esperança. E essa violência que aí esta instalada tem sua raiz na estrutura excludente alimentada por uma Elite incapaz de formatar políticas públicas reais. Uma nova turbina é acionada na região do triângulo Mineiro. Já são 12 usinas hidroelétricas somente nessa região. Quase 11 MW de potência que podem salvar a tempo e hora, problemas de ordem energética até o Rio Grande do Sul. Não há que se buscar idéias fora.
É preciso ampliar o debate sobre o que se quer do futuro em termos de Meio Ambiente e o quanto cada município vai ganhar com a exploração de seus recursos. Uma outra questão: além de livros doados sem apoio ao processo de aprendizado para se querer ler – em que as empresas administradoras dos consórcios proprietários dessa energia toda produzida no Triângulo Mineiro vão contribuir para a integração das comunidades atingidas? P
ode-se pensar num trabalho de inclusão social . . . Jorge Caldeira, ao lado de Fernando Moraes e Ruy Castro, formam uma tríade importante do universo de escritores/pesquisadores, sendo ainda os três, experientes jornalistas que passaram por grandes veículos de comunicação nacional. A citação vale para dois livros de Jorge Caldeira, Mauá Empresário do Império ( formou uma fortuna que hoje valeria US$ 60bilhões de dólares - com 18 empresas em diversos países do mundo ) e O Banqueiro do Sertão que conta a história do Padre Pompeu de Sant´Ana do Parnaíba em São Paulo que enriqueceu e tornou-se banqueiro numa época em que a cidade mais próxima de São Paulo era Buenos Aires na Argentina.
Esses dois livros explicam o Brasil e seu povo. E mostra que falta à classe dirigente desse país acreditar em seu povo. Uma sociedade que ignora sua história dificilmente ocupa um lugar de destaque neste mundo cada vez mais globalizado. Entretanto, mesmo o acesso sendo restrito, a cultura oral do povo brasileiro tem se demonstrado eficaz na condução de soluções aplicáveis ao seu desenvolvimento permanente.
O povo brasileiro sempre foi ousado. Talvez tenha herdado esse talento de seus ancestrais TUPIS que tão bem receberam os invasores de suas terras, e com eles criou uma convivência objetiva. O Brasil é um dos poucos países que pode bradar que navega em águas profundas em termos de democracia, pois mesmo seus caudilhos e ditadores tentaram se maquiar de democratas – desde 1826 o Brasil possui um parlamento que só deixou de ter voz duas vezes ( Estado Novo e 1968 ). Os historiadores dizem que só para exemplificar, nem a França conseguiu tal feito.

O Município é a base de qualquer ação em favor da manutenção do dialogo com o povo. É o administrador Municipal quem poderia alcançar soluções mais firmes em favor da diminuição da exclusão social que grassa a grande maioria de indivíduos e alimenta a violência. As pessoas querem identificar em seus legisladores, seus representantes eleitos, sentimentos e idéias que contemplem projetos voltados para a população – programas que possam colocar pessoas numa melhor condição de vida e de apoio social.

Mas é com tristeza que ainda vemos na imprensa escrita o viés racista contra negros e pobres.
O jornal estado de minas da capital mineira Belo Horizonte barbarizou ao focar a deliquência nas escolas públicas a culpa em professores, pais e a comunidade em fotos ilustrativas onde somente os negros e os coturnos policiais aparecem.

Isso é racismo e é exclusão social praticada por quem deveria representar a voz da população.

É preciso repensar a sua cidade, e assim poder desejar um Brasil grande.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Prof.Marins na RTP2 em 09-10-2008

Apresento a interessante entrevista à RTP2, do Prof. Marins, que é colunista neste blog.

Formulário de Contacto

Your Name :
Your Email :
Subject :
Message :
Image (case-sensitive):