quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Violência nas Escolas Públicas

Publico o artigo do José Amaral Neto (www.uniblog.com.br/joseamaralneto) -Brasil - (34) 9197.2150.
O Brasil é um país de grandes escritores, pesquisadores, pensadores, estetas, pessoas que amam essa terra e sabem que dela sempre brotam frutos. Até o século 18 o Brasil era 12 vezes maior que os Estados Unidos. E tinha tudo isso sem que a Elite trabalhasse e num mar de analfabetos que constituíam assustadores 95% da população.
A mobilidade social que caracteriza a força motriz dessa nação faz dela uma incógnita e produz a ambigüidade de sua sociedade. O que mata a condição de gigante desenvolvimentista do Brasil é a forte exclusão social peremptoriamente construída todos os dias junto àqueles que têm privilégios em detrimento de outros que não conseguem colocar comida na mesa e, serve de massa constituída para encher prisões e dar uma resposta remendada a essa sociedade colonizada, uma Elite que considera seu povo algo invisível ocupando espaço desnecessário.
A capacidade democrática dos indivíduos brasileiros faz brotar esperança. E essa violência que aí esta instalada tem sua raiz na estrutura excludente alimentada por uma Elite incapaz de formatar políticas públicas reais. Uma nova turbina é acionada na região do triângulo Mineiro. Já são 12 usinas hidroelétricas somente nessa região. Quase 11 MW de potência que podem salvar a tempo e hora, problemas de ordem energética até o Rio Grande do Sul. Não há que se buscar idéias fora.
É preciso ampliar o debate sobre o que se quer do futuro em termos de Meio Ambiente e o quanto cada município vai ganhar com a exploração de seus recursos. Uma outra questão: além de livros doados sem apoio ao processo de aprendizado para se querer ler – em que as empresas administradoras dos consórcios proprietários dessa energia toda produzida no Triângulo Mineiro vão contribuir para a integração das comunidades atingidas? P
ode-se pensar num trabalho de inclusão social . . . Jorge Caldeira, ao lado de Fernando Moraes e Ruy Castro, formam uma tríade importante do universo de escritores/pesquisadores, sendo ainda os três, experientes jornalistas que passaram por grandes veículos de comunicação nacional. A citação vale para dois livros de Jorge Caldeira, Mauá Empresário do Império ( formou uma fortuna que hoje valeria US$ 60bilhões de dólares - com 18 empresas em diversos países do mundo ) e O Banqueiro do Sertão que conta a história do Padre Pompeu de Sant´Ana do Parnaíba em São Paulo que enriqueceu e tornou-se banqueiro numa época em que a cidade mais próxima de São Paulo era Buenos Aires na Argentina.
Esses dois livros explicam o Brasil e seu povo. E mostra que falta à classe dirigente desse país acreditar em seu povo. Uma sociedade que ignora sua história dificilmente ocupa um lugar de destaque neste mundo cada vez mais globalizado. Entretanto, mesmo o acesso sendo restrito, a cultura oral do povo brasileiro tem se demonstrado eficaz na condução de soluções aplicáveis ao seu desenvolvimento permanente.
O povo brasileiro sempre foi ousado. Talvez tenha herdado esse talento de seus ancestrais TUPIS que tão bem receberam os invasores de suas terras, e com eles criou uma convivência objetiva. O Brasil é um dos poucos países que pode bradar que navega em águas profundas em termos de democracia, pois mesmo seus caudilhos e ditadores tentaram se maquiar de democratas – desde 1826 o Brasil possui um parlamento que só deixou de ter voz duas vezes ( Estado Novo e 1968 ). Os historiadores dizem que só para exemplificar, nem a França conseguiu tal feito.

O Município é a base de qualquer ação em favor da manutenção do dialogo com o povo. É o administrador Municipal quem poderia alcançar soluções mais firmes em favor da diminuição da exclusão social que grassa a grande maioria de indivíduos e alimenta a violência. As pessoas querem identificar em seus legisladores, seus representantes eleitos, sentimentos e idéias que contemplem projetos voltados para a população – programas que possam colocar pessoas numa melhor condição de vida e de apoio social.

Mas é com tristeza que ainda vemos na imprensa escrita o viés racista contra negros e pobres.
O jornal estado de minas da capital mineira Belo Horizonte barbarizou ao focar a deliquência nas escolas públicas a culpa em professores, pais e a comunidade em fotos ilustrativas onde somente os negros e os coturnos policiais aparecem.

Isso é racismo e é exclusão social praticada por quem deveria representar a voz da população.

É preciso repensar a sua cidade, e assim poder desejar um Brasil grande.

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